Projetar a sua vida daqui a 20, 30 ou 40 anos pode parecer um tiro no escuro. Ainda mais em um país como o Brasil, com grandes incertezas quanto ao futuro da previdência social já que o presente nos mostra uma realidade bem delicada com a crise econômica.

Mesmo nesse cenário, você pode ficar tranquilo pois existem outras alternativas para garantir uma boa aposentadoria, como a Previdência Privada. Ela funciona como um investimento de longo prazo e, por conta disso, possui a vantagem de oferecer planos para todos os bolsos e idades.

É natural que você se preocupe com o seu futuro e mais ainda em como manter o seu padrão de vida na terceira idade, uma fase em que você vai precisar de cuidados, conforto e segurança. Afinal, trabalhamos duro por muitos anos e merecemos descansar e curtir os prazeres da vida durante a aposentadoria.

Por isso, vamos te ajudar a entender melhor como funciona a Previdência Privada e porque ela será uma grande aliada na construção de uma aposentadoria tranquila.

O que é a Previdência Privada

Ela se caracteriza, então, como um investimento de longo prazo e serve como uma aposentadoria complementar: você deposita um valor mensal durante determinado período, para que quando se aposentar possa contar com uma renda fixa proporcional aos anos e valores investidos. Ou retirar a reserva acumulada para qualquer investimentos, viagens etc..

Os planos são bem flexíveis: você pode contribuir cem reais por ano ou cinquenta reais por mês, por exemplo. É claro que ao resgatar o montante total ele será equivalente ao valor que foi contribuído, descontando as taxas e acrescentando os rendimentos.

A Previdência Privada não está vinculada ao INSS, e é por isso que ela funciona normalmente como um complemento ao valor da Previdência Social, garantindo que você mantenha suas condições de vida atuais quando parar de trabalhar e possa usufruir de uma aposentadoria mais confortável.

Todo setor de previdência privada é fiscalizado pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), um órgão do Governo Federal.

As diferenças entre Previdência Privada e Social

Enquanto a Previdência Social se torna um ponto de interrogação cada vez maior, nos planos de Previdência Privada é possível definir qual será o valor da sua contribuição e em qual frequência ela será feita, prevendo o quanto poderá garantir para sua aposentadoria.

A Previdência Social funciona como uma pirâmide, já a privada contribui realmente para o seu futuro. Isso se dá pelo fato de que na pirâmide social quem trabalha hoje está pagando a aposentadoria de quem é beneficiado hoje. Ou seja, quando você se aposentar daqui uns anos, quem irá pagar a sua aposentadoria serão os trabalhadores do futuro.

O grande problema aqui é que a população no Brasil está envelhecendo: enquanto a expectativa de vida no país aumenta a cada ano, o número de nascimentos diminui. Uma verdadeira bomba relógio.

Segundo informações divulgadas pelo Estadão, em menos de 30 anos, a população do Brasil deve estagnar em 233,2 milhões de pessoas. A projeção de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a partir de 2047 a população cairá gradualmente, até chegar aos 228,3 milhões em 2060.

Outro aspecto que diferencia a Previdência Privada é que o valor das contribuições pode ser resgatado antes do período estabelecido caso a pessoa desista do plano, ou mesmo programar o pagamento único do benefício, como vamos explicar ao longo do texto, você escolhe inclusive como vai receber.

E não precisa ser trabalhador, como também não é necessária a comprovação de renda e nem existe uma idade exata para começar com o investimento, é claro que quanto mais cedo, mais fácil será garantir um bom valor lá na frente, iniciando com contribuições menores

Existem, inclusive, planos para crianças cujos pais já querem se programar para garantir um futuro financeiramente estável, ou até para pagar a faculdade, por exemplo.

Quando e como investir na Previdência Privada

Como já vimos, não existe um momento certo para dar o primeiro passo, porém, quanto antes você começar, mais você contribui e consequentemente mais atraente será a sua aposentadoria. Especialistas afirmam que, aos 25 anos, uma poupança mensal de 6% do salário já é um bom começo.

Além disso, como é um investimento a longo prazo, todas as variações do mercado ficam compensadas ao longo do tempo. Se no período de um ano as taxas de rendimento forem baixas, por exemplo, isso pouco influenciará no resultado final.

Qualquer pessoa pode optar pela Previdência Privada, no entanto ela é principalmente indicada para quem possui uma renda maior que R$ 5.645,80, o teto de contribuição e benefício pelo INSS, não é contribuinte do INSS ou não tem disciplina suficiente para fazer a própria poupança. Nesses casos ela se torna uma verdadeira necessidade.

Para definir o seu plano de previdência privada, é interessante que você busque ajuda de um profissional especializado, pois ele poderá lhe orientar a fazer a melhor escolha para o seu caso. Existem alguns aspectos importantes a serem considerados: você precisará ter em mente o quanto deseja acumular ou qual a renda extra que quer receber na aposentadoria, e ainda, quando pretende começar a resgatar os valores acumulados.

Não deixe de levar em conta os recursos de outros investimentos e aplicações que você já tenha, como por exemplo: o plano de previdência do empregador, renda de aluguéis, saldo do FGTS e outros benefícios que você possa receber.

Com essas informações em mente, é possível chegar ao valor dos aportes mensais, ou seja, de quanto precisará desembolsar para garantir a renda extra desejada para o seu futuro. Feito isso, é só escolher o tipo de plano mais adequado ao seu perfil no momento.

Outra vantagem da Previdência Privada é que, caso você esteja no início da sua carreira profissional, pode iniciar com um valor de mensalidade mais baixo e ir aumentando com o tempo, conforme seu salário aumenta, para garantir um rendimento maior ao final do período de pagamento.

Tipos de planos disponíveis

Existem hoje duas modalidades de investimentos em Previdência Privada no Brasil. Para fazer a escolha entre um ou outro é necessário levar em conta a forma com que você faz sua declaração anual de imposto de renda. São elas:

  • Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL

Essa primeira modalidade é recomendada para quem possui renda mais elevada, como médicos, por exemplo, e faz a declaração completa do Imposto de Renda,  já que o valor pode ser abatido do imposto, sem ultrapassar 12% de sua renda bruta anual.

Nesse caso, quando o dinheiro é sacado, o imposto cobrado é referente ao valor total do fundo.

É de extrema importância que você consulte um corretor especializado nesse caso, pois muitos bancos vendem esses serviços e infelizmente é comum que realizem vendas para clientes desinformados, com o intuito de bater as metas do mês, sem se preocupar com as suas condições financeiras futuras. Tome cuidado!

  • Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL

Essa é a modalidade mais escolhida entre os brasileiros. Adequado para as pessoas que fazem a declaração simplificada do imposto de renda, para profissionais liberais e para quem contribui com 12% e queira contribuir mais, pois ele não é dedutível do IR como o PGBL.

Aqui quando o dinheiro é sacado, o imposto é cobrado referente ao valor de rendimentos do investimento. Por exemplo: se o investimento foi de 400 mil reais e o rendimento foi de 100 mil reais, o imposto será cobrado apenas em cima dos 100 mil reais.

Analise qual das duas opções se encaixa melhor ao seu perfil, e lembre-se que você pode contar sempre com a orientação de um profissional UNE para lhe ajudar nesse processo.

Taxas cobradas pela administradora

As taxas aplicadas pelas seguradoras e administradores aos planos de previdência privada são três: taxa de carregamento, taxa de administração e taxa de saída. Compreenda cada uma delas:

  • Taxa de Carregamento

Ela incide sobre as contribuições realizadas e, de forma geral, pode chegar até 3%. Em alguns planos de previdência, dependo do valor da contribuição mensal ou da aplicação inicial, essa taxa não é cobrada.

Vamos ver na prática como funciona: para um aporte de 500 reais, aplicada uma taxa de carregamento de 2%, o valor descontado será de 10 reais, restando 490 reais, que será o valor aplicado.

  • Taxa de Administração

Essa taxa é destinada à administradora, pois é quem faz a gestão dos ativos (valores aplicados). Ela incide sobre a rentabilidade total da aplicação. Em geral varia entre 1,5% e 3%. Você pode pensar que o ideal é sempre optar pelo plano que oferece a menor taxa, mas é necessário avaliar se ele se encaixa com o seu perfil de investidor antes de tomar uma decisão.

  • Taxa de Saída

Essa é a taxa que será cobrada em caso de resgate antecipado da aplicação. A maioria das seguradoras executa esta cobrança apenas nos primeiros anos, impondo prazos de carência para resgates e transferências externas parciais ou totais.

Em geral, quanto maior o tempo e o valor acumulado, menor será a taxa de saída, podendo chegar a zero.

A seguradora cobra essas taxas pelo trabalho que realiza cuidando do seu investimento na sua previdência privada, inclusive fazendo com que ele renda mais para você.

Regime de tributação

Como em qualquer investimento no Brasil, é necessário estar atento a tributação. Existem dois regimes que podem incidir nesses casos e você pode escolher por um deles: tabela progressiva ou regressiva. Veja a seguir.

No Regime Progressivo, as alíquotas do Imposto de Renda (percentual de cobrança) vão variar conforme o valor que será resgatado. Essa tabela segue as mesmas alíquotas que são aplicadas no salário (que variam até 27,5%). Então, quanto maior for o valor do resgate, maior será o valor do imposto a ser pago.

Na Tabela Regressiva, as alíquotas dependem do tempo de acumulação das contribuições no Plano de Previdência, essa tabela foi criada em 2005 a fim de incentivar as aplicações de longo prazo.

Funciona da seguinte forma: quanto maior o período que o dinheiro ficar aplicado no plano, menos você vai pagar de IR, então a alíquota começa no valor máximo de 35% para investimentos que são mantidos por menos de 2 anos, a partir daí esse percentual começa a diminuir até atingir a alíquota de 10%, que será válida para investimentos mantidos por 10 anos ou mais.

Tipos de renda

A principal forma de recebimento dos planos de previdência privada é através de uma renda mensal vitalícia mas, próximo ao início do prazo de recebimento, será possível escolher a renda que melhor se adequar às suas necessidades de acordo com seus projetos e planos para o futuro. Conheça algumas opções disponíveis:

  • Renda Mensal Vitalícia

Você recebe uma renda mensal de forma vitalícia, ou seja, ela se encerra somente com o seu falecimento.

  • Renda Mensal Temporária

Semelhante a anterior, só que ela não é vitalícia. A renda será paga por um período máximo de 20 anos e caso ocorra o seu falecimento, o pagamento cessa.

  • Renda Mensal por Prazo Certo

Você recebe uma renda mensal pelo período que você escolher: 5, 10, 15 ou 20 anos. Caso ocorra o seu falecimento, a renda será paga ao(s) beneficiário(s) até o término do prazo determinado.

  • Renda Mensal Vitalícia com Prazo Mínimo Garantido

Você recebe uma renda mensal de forma vitalícia, na qual pode se estipular um prazo mínimo de recebimento. Neste caso, você vier a falecer antes de se completar este prazo mínimo, a renda será paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s), até que este prazo termine.

  • Renda Mensal Vitalícia Reversível ao Beneficiário Indicado

Você recebe uma renda mensal de forma vitalícia. Caso ocorra o seu falecimento, um percentual da renda (estabelecido no ato da contratação) será revertido de forma vitalícia ao(s) beneficiário(s) indicado(s).

  • Renda Mensal Vitalícia Reversível ao Cônjuge com Continuidade aos Menores

Da mesma forma que a anterior, você recebe uma renda mensal de forma vitalícia. Caso ocorra o seu falecimento, a renda será paga ao seu cônjuge, e na falta deste, será revertida temporariamente aos seus filhos até que completem 24 anos de idade.

  • Pagamento Único

Como o nome já diz, você recebe um pagamento uma única vez ao final das contribuições.

Nesse ponto você deve levar em consideração qual o grau de dependência financeira da sua família em relação a você e a importância em preservar esse investimento na hipótese de acabar falecendo. Como já dissemos, os planos são bem flexíveis e você pode optar por qual se encaixa melhor para você.

Garanta a sua tranquilidade na melhor idade

Com todas essas informações em mãos, agora você já sabe como funciona um plano de Previdência Privada. Evite dar sorte ao azar, certifique-se que poderá desfrutar de bons momentos com a sua família, sem se preocupar com dinheiro e assegurando o bem estar de todos.

Se permita investir no futuro de forma planejada e poderá realizar sonhos e projetos antes deixados de lado, com a tranquilidade e o conforto que você merece, para curtir a sua aposentadoria com qualidade de vida e ao lado das pessoas que mais ama.

Ficou interessado em saber mais? Entre em contato com a UNE Seguros, fale com um de nossos especialistas em Previdência Privada e garanta todas essas vantagens para o seu futuro, com segurança e sem burocracia.